O dia em que me perdi em Trinidad – Cuba.

Aí você chega em uma cidade, deixa suas coisas onde está hospedado, dá uma olhada no local e diz – aqui não tem como se perder, vou dar uma volta… Depois de umas cervejas, você tenta voltar embora e percebe que as ruas se tornaram todas iguais, resultado: fica perdido em Trinidad, uma cidadezinha do interior de Cuba.

O dia em que me perdi em Trinidad

Logo que desembarquei em Trinidad, achei que era muito fácil se locomover por lá (na realidade é). Do terminal rodoviário, me desloquei com muita facilidade até a casa onde me hospedaria.

Ainda era dia e como referência, marquei a feira que estava acontecendo na rua da esquina e a grande casa amarela que ficava ao lado de algo que parecia uma escola… Pensei comigo – a casa onde estou fica na esquina da rua da feira e na quadra da casa amarela – fácil! Borá dar uma volta em Trinidad.

Saí caminhar e dar aquela volta de reconhecimento pela cidade e depois de umas voltas acabei parando em um barzinho pra comer, tomar uma Bucanero gelada e ver o pôr do sol. O Barzinho se chama El Criollo e é muito legal, tem uma vista panorâmica da cidade, em uma varanda de onde também é possível curtir o pôr do sol. Ao mesmo tempo, o lugar é animado com musica cubana ao vivo!

Depois de curtir um pôr do sol fantástico, regado a musica cubana e várias Bucaneros Fuerte, tentei voltar pra casa em que me hospedei. Como falei, eu tinha fixado como ponto de referência a rua no final da feira de artesanatos.

O problema foi que pela noite já não tinha feira (nem as barracas da feira) e as ruas pareciam todas iguais, pior ainda: estavam muito escuras, pensei – me ferrei.

Sem a feira, eu não tinha nem ideia de onde era a rua e pra piorar a situação, não estava com o cartão que tinha o endereço da casa. Fica a dica: quando sair em Trinidad (ou em qualquer outro lugar), sempre leve o cartão, ou qualquer coisa que tenha o endereço da casa, é básico, mas…

Perdido em meio a bela e escura cidade, rodei um pouco pra ver se me achava, mas isso era uma missão impossível. Perguntei onde era a rua da feira pra um cara que passava e dali pra frente, o cidadão me acompanhou pela cidade por quase uma hora, subimos e descemos a rua da feira umas dez vezes. Ele repetia insistentemente – “Compadre, não pode sair sem o cartão, não pode sair sem o cartão”.

Me lembrei que tinha uma escola na esquina da rua então fomos pra tal escola. Chegando lá, eu jurava que não era ali, mesmo porque já tinha passado naquele local algumas vezes. Como ele me falou que era a única escola daquela região, desci uma rua transversal e para nossa alegria, achei a casa.

Eu quis dar uma grana pro rapaz que recusou dizendo – “Não hermano, temos que tratar bem os turistas, mas na próxima vez que sair não esqueça o cartão da casa!” Eu achei a atitude do rapaz muito legal! Isso é Cuba!

Eu poderia deixar está história morrer comigo, mas resolvi compartilhar aqui pra que você lembre quando for sair pra dar uma volta pela cidade que está visitando: deve levar o endereço! Nem que a cidade seja bem pequena e você tenha certeza que não vai se perder! Básico, básico… mas a gente esquece!!!

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