Valle Sagrado de los Incas – um dos passeios mais bonitos do Peru.

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Logo que chegamos em Cusco, de imediato fomos fazer um dos passeios mais interessantes do Peru, o passeio ao belíssimo Valle Sagrado de los Incas. Infelizmente fizemos apenas o passeio de um dia e não chegamos a conhecer todas as cidades que integram o circuito, mas só esse passeio já valeu demais. Confira como foi:

O Valle Sagrado de los Incas

Localizado entre os povoados de Pisac e Ollantaytambo, o Valle de Urubamba, é uma região onde os Incas desenvolveram um notável sistema tecnológico para o desenvolvimento da agricultura.

A região é caracterizada pela fertilidade do solo, pelo clima favorável pra agricultura e por ser banhada pelo Rio Vilcanota, que em Quechua significa “coisa sagrada” ou “coisa maravilhosa”.

Nas cidades que integram a região do Valle Sagrado de Los Incas, existem várias ruínas incaicas e ainda é possível ver as terraças agrícolas feitas pelos Incas, inclusive muitas continuam funcionando até hoje.

Os habitantes do Valle Sagrado de Los Incas, são uma atração à parte e destacam-se pelas cores de suas vestimentas e pelas feiras e confecções artesanais, que são encontradas ao longo do passeio. Vale ressaltar a importância cultural existente na região.

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Valle sagrado de los Incas.

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Como conhecer o Valle Sagrado de Los Incas

Pra quem não tem muito tempo disponível, a melhor forma de conhecer o Valle Sagrado de Los Incas é contratando agências. Até é possível fazer os passeios de maneira independente, mas essa opção se reserva pra quem tem bastante disposição e principalmente bastante tempo disponível.

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Em Cusco existem dezenas de empresas que oferecem os passeios pras cidades do Valle Sagrado. Nós fechamos logo de cara, com a empresa que o taxista que nos levou do aeroporto até o centro nos ofereceu. O preço era 30 soles na época, então nem nos preocupamos em pesquisar, desta forma otimizamos o tempo e logo depois de chegar no hostel (8h da manhã) e fazer check-in, já saímos pro tour, que iniciava às 9 da manha.

Nós fechamos o passeio que vai até as cidades de Pisac, Urubamba, Ollantaytambo e Chinchero. Ainda nos faltou conhecer outras cidades do Valle, esperamos voltar um dia pra conhecer.

Os amigos do blog Latitude Infinita fizeram o passeio que além de Chinchero, também foi até Moray e Salineras, confira o post para informações sobre o tour para estas cidades.

Existem outras opções de passeios que vão pras outras cidades do Valle Sagrado, mas independente de qual seja a escolha é obrigatório a aquisição do Boleto Turístico.

O Boleto Turístico é o bilhete de acesso pras principais atrações da região de Cusco. Existe o Boleto Turístico integral, (130 soles) com durabilidade de 10 dias e acesso a todos os atrativos válidos no circuito; e também outros Boletos “fracionados”, com validade de 2 dias e acesso a apenas algumas das atrações.

Como iriamos fazer apenas o passeio de um dia, compramos o bilhete válido por 2 dias, que dá acesso aos atrativos das cidades de Pisac, Moray, Ollantaytambo e Chinchero (70 soles).

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O passeio

Partimos alguns minutos depois das 9h, já que nos atrasamos e retardamos a partida do tour em alguns minutos, ainda bem que não saíram sem a gente!

No meio do caminho, a primeira parada foi uma típica paradinha do tipo “gaste aqui seu dinheiro”, numa lojinha de um vilarejo no meio do nada. Lá tomamos o mate de coca, que era grátis e enquanto esperávamos o pessoal comprar, observamos o belo visual da região.

A Caminho do Valle Sagrado de los Incas.
A Caminho do Valle Sagrado de los Incas.

Pisac

O primeiro destino foi a Feira de Pisac, uma feira repleta de produtos artesanais típicos peruanos. que é uma verdadeira tentação pra quem tem dinheiro sobrando. Saímos da feira no horário marcado, pois tínhamos sido avisados claramente, de que o ônibus sairia exatamente no horário estabelecido e quem não estivesse presente iria ficar curtindo a feira até que voltássemos das ruínas,  pior é que fica mesmo, uma mulher teve que correr atrás do nosso ônibus que já estava indo embora da feira.

Saímos da feira e rapidamente estávamos nas Ruínas de Pisac.

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Valle Sagrado de los Incas – Pisac.

Numa pequena trilha, com uma vista fantástica dos enormes terraços agrícolas, caminhamos até as ruínas das edificações construídas por povos pré-incas e Incas.

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Vista da trilha de acesso, a partir das ruínas de Pisac.
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As Ruinas de Pisac.

Bastante interessante é o cemitério localizado nas montanhas, na verdade são vários buracos nas encostas, que serviam como sepulcros. Fiquei pensando como faziam pra levar os mortos lá em cima naqueles buracos – mas isso é só uma das muitas coisas que fazem você ficar pensando “como faziam…”.

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Os buracos na montanha são covas indígenas.

Os imensos terraços impressionam e o visual das montanhas da região também é muito bonito.

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Os gigantescos terraços de Pisac.

Urubamba

Saímos das ruínas de Pisac e fomos levados à cidade de Urubamba. Os guias levam todo mundo a um restaurante que cobra um valor de 20 soles em uma refeição. Achamos caro e quando estávamos saindo pra ir buscar um lugar mais barato, o pessoal do restaurante baixou o valor pela metade. Acho que os outros 10 seriam comissão do guia, ou preço diferenciado pra turistas.

Ollantaytambo

O próximo destino foi Ollantaytambo, uma simpática cidadezinha reconstruída sobre as casas da cidade existente nos tempos Inca, sendo a única habitada ainda hoje. Todas as casas são precisamente construídas sobre as pedras originais da era Inca. Muitos viajantes aproveitam o passeio do Valle Sagrado e ficam por ali mesmo, já que dali também sai o trem partindo pra Águas Calientes, base para o Machu Picchu.

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Casas construídas sobre as edificações originais de Ollantaytambo.

A cidade em si já é legal, mas o que sem dúvidas “apavora” mesmo, é o imenso parque arqueológico. Um gigantesco terraço que em sua parte superior tem ruínas bem conservadas e pedras pesando cerca de 10 toneladas, trazidas de lugares que estão a quilômetros de distância dali. Muitas pedras têm detalhes cortados pra que uma se encaixe na outra e são polidas em diversas partes e possuem textura similar ao mármore. Realmente estes detalhes são muito interessante e se estivéssemos sem guia talvez não tivéssemos observado.

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Excelente guia do tour.
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Os gigantescos terraços de Ollantaytambo.
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A cidade de Ollantaytambo.

De frente aos terraços, em meio às gigantescas montanhas, encontram-se algumas construções que funcionavam como depósitos de alimentos. Construídos estrategicamente em uma parte da montanha onde o vento gelado dos andes circula, os depósitos funcionavam como um refrigerador natural, que conservava os alimentos por muito mais tempo.

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As construções, lá na montanha, são refrigeradores naturais.

Chinchero

Já era final de tarde quando chegamos ao último destino do passeio, o vilarejo de Chinchero.

O pequeno vilarejo tem uma rua principal repleta de lojas vendendo “coisinhas”, subindo esta rua chega-se em uma pequena igreja, que assim como em diversos locais no Peru, foi construída pelos invasores espanhóis, sobre um antigo templo dos indígenas, com a finalidade de mostrar superioridade.

Pouco a frente da igreja existe um pequeno mercado ao ar livre com artesanatos típicos indígenas, chama atenção  as mulheres que estão vestidas rigorosamente a caráter – cheias de cores, achei muito legal, bem maneiro mesmo.

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Feira artesanal – Chinchero.

Dentro da igrejinha, nosso guia explicou toda a história de como a igreja católica fez pra “não perder a fé dos indígenas” – ouve uma mescla das religiões, portanto é comum que os santos católicos sejam os mesmos dos indígenas, porém com nomes diferentes – imagino que seja mais ou menos como acontece nas religiões de origem africanas existentes no Brasil, como o Candomblé, eu acho…

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Encerrando o Tour pelo Valle Sagrado, com chave e céu de ouro!

Bônus – Aula sobre a cultura peruana.

Já era noite e acabava ali o passeio pelo Valle Sagrado de los Incas, mas por sorte ainda teríamos mais uma aula sobre a cultura kechua, pois nosso guia iniciou uma conversa sobre as tradições dos indígenas com um casal no meio do ônibus, de repente todo mundo que estava no ônibus (que já estava quase vazio, porque mais da metade do pessoal ficou em Ollanta) se aproximou pra ouvir e dialogar com o guia. Ele era um dos principais representantes dos Kechuas, sendo presidente de uma associação Kechua…

Uma das histórias legais que contou, foi quando um dia chegou no “congresso” peruano pra debater sobre a cultura do Peru com os políticos e no momento que falou em Kechua nenhum político entendeu. “Em um país onde indígenas e descendentes são mais de 75% da população, como querem falar em tradição e cultura do Peru, se nem ao menos entendem o idioma local”.

Foi um retorno repleto de informações sobre a cultura indígena, um bônus bem gratificante. Tenho que elogiar este guia, (acho que se chamava Benjamim), pois em todos os lugares que fomos, suas explicações foram muito completas e realmente muito proveitosas.

Enfim, esse passeio ao Valle Sagrado já foi sensacional, mas ainda teríamos pela frente a mais top das atrações, o indescritível Machu Picchu.

Ah, só uma coisa, eu realente recomendo que visitem o Valle Sagrado antes do Machu Picchu, porque se forem primeiro ao Machu Picchu e depois ao Valle Sagrado, talvez a a visita ao Valle Sagrado perca um pouco da magia, pela imensidão do Machu Picchu, mesmo que sejam belezas diferentes.

Qual a melhor época pra visitar o Valle Sagrado?

A melhore época pra visitar o Valle Sagrado de los Incas é durante o inverno (abril a outubro) quando o tempo é mais seco, com maior visibilidade e sem chuvas.

É a época ideal pra visitar o Machu Picchu e Valle Sagrado e com a melhor probabilidade de pegar dias ensolarados e sem nuvens.

Confira também o post do blog Fui Ser Viajante para saber mais informações sobre a melhor época para visitar o Peru.


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