Eu estava louco para escrever sobre o assunto de hoje e finalmente esse dia chegou. Existem algumas coisas sobre a Bolívia que descobri durante a pesquisa que fiz antes de viajar e também absorvi durante a viajem. Tirei algumas conclusões sobre este país chamado Bolívia e quero compartilhar a quem possa interessar.
Índice desta matéria
A Bolívia é um país muito especial e ganhou minha admiração por toda sua sofrida história e pela sua riquíssima cultura local. No pouco que pude conhecer sobre a história e cultura boliviana, observei fatores muito interessantes que muita gente desconhece.
Quando se fala em Bolívia a primeira coisa que vem a cabeça das pessoas é droga e violência, pura ignorância!
Em relação à segurança, confesso que quando estava programando a viagem pra La Paz, fiquei com muito medo. Naquela época eu não tinha tanto conhecimento sobre onde buscar informações e até nem existiam tantas opções como existem hoje, eu li alguns depoimentos em fóruns pela net, principalmente em sites gringos, onde as pessoas descreviam La Paz (e a Bolívia), como uma cidade extremamente violenta. Diziam que os taxistas sequestram os turistas, que pegam as pessoas pra roubar cartão de crédito, que não se pode andar na rua, blábláblá.
Mas pera aí! Poxa vida, se isso aconteceu alguma vez na Bolívia, também pode acontecer em qualquer parte do mundo. Mas da forma que os relatos deste tipo são (ou eram) propagados, se você não buscar outros meios (como por exemplo, o Mochileiros.com e os muitos blogs que existem hoje ), você desiste de viajar, porque fica com muito medo.
Mesmo lendo no Mochileiros.com, alguns relatos menos apavorantes, saí do Brasil com certa imagem negativa do país, cheio de medo e muito receoso com a tal violência que poderia encontrar lá.
Chegamos às 3 da madruga e eu saí andando com o taxista pelas ruas de La Paz atrás de troco, enquanto o Cleiton ficou no carro aguardando. Ali as coisas começaram a “clarear” e depois, com o passar dos dias, andando por todos os cantos, concluí que este papinho sobre a violência extrema em La Paz é furado!
Claro, não da pra marcar bobeira. Se você vai pra qualquer lugar do mundo e fica vacilando, você pede pra que aconteça algo, isso é lógico. Mas por ser um país mais pobre, imagina-se que seja mais violento, completamente errado! Qualquer cidade mediana do Brasil é mais perigosa que a “capital” boliviana.
Em relação às drogas, fico impressionado como as pessoas podem ser tão ignorantes. A associação da Bolívia com a droga é imediata, principalmente no que se refere à cocaína. Talvez pelo fato da folha de coca ser uma coisa normal na Bolívia e Peru as pessoas pensam que a droga rola solta na Bolívia, estão enganados também.
A folha de coca está presente na cultura dos povos andinos há milhares de anos, as antigas civilizações veneravam a “Mama Coca” como filha de Pachamama, a Mãe Terra. Pra eles a folha de Coca era uma oferenda dos Deuses para o povo, utilizada pra espantar os maus espíritos dos seus lares e plantações.
Séculos depois, foi utilizada pela elite aristocrática Inca para fins medicinais e religiosos. Chegou a ser instituído pelo Imperador Topa Inca, no século XV, que devido a sua condição sagrada, sua utilização só era permitida à elite do império Inca.
A folha de coca teve o aumento de sua popularidade no período colonial, onde os nativos escravizados pelos espanhóis, utilizavam a mastigação das folhas para aguentar os forçados e severos trabalhos que eram submetidos.
Os povos Quéchuas e Aimarás ainda hoje utilizam as folhas de coca em rituais de sacrifício, pois tradicionalmente acreditam que traga sorte e boa colheita.
Assim como a violência a droga também é quase inexistente pelas ruas de La Paz, ao contrário das grandes cidades do Brasil, não vi na rua nenhum drogado e até posso acrescentar um comentário que li por acaso em algum lugar quando buscava informações, “é muito mais fácil encontrar droga em qualquer cidade do Brasil do que em alguma cidade Boliviana”. Pelo menos pelo que pude perceber, se a quantidade de drogados na rua for parâmetro, concordo plenamente.
Notei ainda que existe uma grande resistência dos locais em relação a droga, “la coca” como chamam. Eles não gostam nem um pouco da associação da cocaína com a folha de coca, tanto que existem diversos materiais como camisetas, adesivos, etc, com as inscrições “La hoja de coca no es droga”.
Pelo que entendi e também pelo que vi no museu da coca, essa associação de la hoja de coca com a cocaína, é muito incomoda pra eles, por toda a importância cultural e sagrada da folha de coca na Bolívia e região dos Andes. Sim, sei que existe parte da coca plantada que
vai para a produção da droga, mas daí associar toda uma cultura a fatos isolados é muito errado. Um exemplo seria: vem um laboratório dos EUA pega erva mate, inventa uma droga a partir do mate, logo todo mundo começa a chamar quem toma chimarrão de drogado…
Vejam este vídeo, ele explica muito bem sobre a tradição da Folha de Coca, é fantástico!
Voltando ao assunto, fico impressionado com a ignorância das pessoas quanto a associação da Bolívia com drogas, sendo que a Bolívia é um país repleto de atrativos naturais, com uma cultura interessantíssima, um povo trabalhador, sofrido e guerreiro e uma história riquíssima em detalhes. Mas as pessoas desconhecem tudo isso e apenas assimilam uma viagem pra Bolívia com as drogas. Lamentável e irritante.
Quanto à pobreza, acho importante lembrar que a Bolívia ao longo de sua história foi saqueada e roubada em diversas situações. Começando com os espanhóis, que junto com outros europeus, escravizaram os povos locais e saquearam riquezas de todos os países da América Latina. Sabiam que a cidade de Potosí já foi uma das cidades mais ricas do mundo!? Pois é, toda sua riqueza foi levada pra Europa…
No ano de 1879, a Bolívia teve a maior perda de sua história na guerra do Pacifico, quando Bolívia e Peru lutaram contra o Chile, que saiu vitorioso da guerra. Como consequência, em 1884 a Bolívia perdeu sua única saída pro mar, a Província de Atacama, onde também está localizada a maior mina de cobre do mundo, a mina de Chuquicamata, que viria a ser uma das principais riquezas do Chile.
Em 1903, outra área de riquezas bolivianas foi perdida, desta vez a Bolívia foi obrigada a vender parte de seu território que era rico em seringueiras (na época, uma das maiores riquezas), pra evitar uma guerra que sabidamente ia perder. A Bolívia vendeu o Acre pro Brasil por um preço irrisório, existe até um popular conto que diz que o Acre foi trocado com o Brasil por um cavalo.
Entre 1933 e 1935, foi a vez do Paraguai travar uma disputa com a Bolívia, desta vez por Chaco Boreal, região na qual se acreditava ser rica em Petróleo. Após a guerra, uma arbitragem internacional estabeleceu a divisão deste território, nova derrota boliviana: dois terços territoriais para o Paraguai e um terço para Bolívia. (informações retiradas do guia independente do viajante na América do Sul).
Recentemente Evo Morales o primeiro presidente indígena na América do Sul, nacionalizou diversas empresas estrangeiras que “saqueavam” recursos naturais da Bolívia, entre elas a brasileira Petrobrás, que com aqueles “acordos super justos” entre os governos anteriores, (onde só um lado ganha) retirava gás da Bolívia e não pagava o devido valor, eu concordo plenamente.
Mas então… me revolta quando digo que fui à Bolívia e logo escuto perguntinhas – O que foi fazer na Bolívia? Trouxe quantos quilos de lá? Não tinha outro país pra ir? – é uma linha de pensamento muito pequena e preconceituosa.
Me impressiona que até pessoas bem esclarecidas não tenham conhecimento (e não queiram ter) de um país que está bem do nosso lado, é lamentável. Bom, pelo menos quando me perguntam o que foi fazer lá? Eu respondo veja minhas fotos… simples assim e olha que eu nem fui pra muitos lugares!
Que mais tenho a dizer sobre a Bolívia? Bastante coisa, mas o principal é que não vejo a hora de voltar e conhecer mais um pouco deste país fantástico. Eu adorei a Bolívia!!!
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Com este post fecho a sequência de relatos feito sobre minha primeira viagem para Bolívia. Eu considero este post bem informativo e tudo que escrevi em 2010, basicamente mantenho até hoje. Esta é a conclusão que tirei naquele ano, rescrevo aqui, com algumas pequenas modificações e adaptações.
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+ O que fazer em Santa Cruz de la Sierra e arredores.
+ Isla del Sol, Lago Titicaca e Copacabana.
+ Chacaltaya – A maneira mais fácil do mundo de chegar a 5.421 m de altitude.
Já pensou em subir uma montanha da Cordilheira dos Andes e chegar a mais de 5 mil metros de altitude! E se a gente te falasse que isso é bem fácil! Ou melhor, mais fácil do que você imagina! No post de hoje contamos como foi chegar ao cume do Pico Chacaltaya a 5421 metros de altitude. #VamoJunto!
Índice desta matéria
A ascensão ao Pico Chacaltaya é uma das atrações mais tradicionais de La Paz.
A montanha pertencente à Cordilheira dos Andes e é famosa por proporcionar a experiência de subir, sem muitas dificuldades, uma montanha de mais de 5 mil metros de altitude!
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Subir o Chacaltaya é a maneira mais fácil do mundo de chegar a 5.421 metros de altitude e por isso o passeio é muito procurado em La Paz.
O Chacaltaya ficou famoso por abrigar a estação de esqui mais alta do mundo, mas atualmente a estação está desativada devido aos efeitos do aquecimento global. Infelizmente é bastante comum subir o Chacaltaya e quase não ver neve.
Antes de mais nada, vale ressaltar que para subir até o cume de qualquer montanha de La Paz recomenda-se alguns dias de aclimatização. O Chacaltaya está localizado em uma grande altitude, portanto, se você está pensando em subir este morro, a dica é que você deixe este passeio para os últimos dias em sua estadia em La Paz.
Aproveite os vários atrativos da capital boliviana antes de ir pro Chacaltaya, assim você corre menos risco de passar mal e não aproveitar a maravilha que este passeio proporciona.
Confira algumas dicas pra evitar o Soroche (Mal da altitude) no blog Na Proa da Vida.
Existem algumas formas diferentes de chegar ao Chacaltaya. A mais frequente é feita através dos serviços de uma das muitas agências de turismo que existem em La Paz. Para encontrar uma basta percorrer as ruas próximas ao Mercado de las Brujas, principalmente na Av. Ilampu e na Calle Sarganaga, onde estão a maioria das agências.
O preço em todas as agências basicamente é praticamente o mesmo, e na maioria das vezes dá direito também de conhecer o Valle de la Luna.
Para quem não dispõe de tempo, ou prefere um passeio mais exclusivo, também é possível chegar ao Chacaltaya em táxi. Logicamente o valor é bem maior do que das excursões realizadas pelas agências.
Dependendo da quantidade de pessoas, é possível fechar um passeio particular com as agências, o que inclui transporte e guia. Neste caso pode-se ficar mais tempo no morro e ainda existe uma opção de fazer uma caminhada até o outro lado do morro, onde o carro da empresa irá recolher os aventureiros.
Este passeio personalizado é um pouco mais caro e o valor pode variar conforme o número de pessoas, entretanto pode ser bastante válido pra quem está em grupo e possuí mais tempo para conhecer um pouco mais da região.
Depois de fechado o passeio com a agência, no outro dia pela manhã, uma Van recolhe os aventureiros em suas hospedagens.
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+ Lago titicaca, Copacabana e Isla del Sol.
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Partindo de La Paz pela manhã cedinho, mesmo antes de deixar a cidade, logo se avista uma das mais privilegiadas vistas panorâmicas da região.
Ao longo do caminho passamos pela cidade de El Alto e um momento interessante é justmente a passagem pelo interior de El Alto. Nas ruas principais o trânsito é ainda mais fervoroso do que em La Paz (imagina só). Além disso também podemos ver o cotidiano dos moradores da região e o comércio intenso praticado na região.
Vale a pena destacar a gigantesca feira de comércio ambulante de El Alto. Esta feira é considerada uma das maiores do mundo. Se você levar sorte irá passar ao lado da feira…
O caminho até o Chacaltaya é muito bonito e possui a companhia permanente da Cordilheira dos Andes e suas montanhas nevadas. Quanto mais nos aproximamos do destino, mais linda fica a paisagem.
Mas de todas as coisas que vemos ao longo do caminho, com certeza o que mais impressiona é a estradinha final que leva até a base da estação de esqui: um verdadeiro teste para cardíacos!
É uma estrada estreita e cheia de curvas beeem fechadas! Aventura Mode ON!
Certamente vai agradar aos aventureiros de plantão e fazer com que a drenalina corra em suas veias!
Em muitas oportunidades, o que se vê ao olhar pela janela é só o penhasco e as lagoas que estão lá em baixo.
A estrada simplesmente some de vista e a impressão que se dá e de estar voando. É muito louco e apavorante ao mesmo tempo… mas é muito bonito também.
Interessante também é que na estradinha sinistra, alguns doidos descem de bicicleta. Coisa que eu não teria coragem de fazer, nem a pau. Já levei sorte de ver os malucos descendo a ladeira e pra mim já foi suficiente. Nem a Estrada da Morte a gente teve coragem de fazer, imagina descer o Chacaltaya! Não mesmo!
Ao chegar na base, que fica à 5.300 m de altitude, está a antiga sede do Club Andino Boliviano de Ski.
Lá é possível tomar um chazinho de coca, pra dar um gás na subida dos cerca de 300m da trilha que leva ao cume do Chacaltaya.
A trilha que leva ao cume é bem íngreme e ali foi a primeira vez que de fato senti pegar a tão falada altitude.
E vou dizer que pegou forte mesmo! Cada dez passos dados proporcionam a sensação de como se você tivesse corrido meia hora em ritmo forte, o coração dispara!
O ar é realmente rarefeito, na verdade parece inexistente, muito louco mesmo, você puxa, puxa e não vem nada.
Ao chegar ao cume do Chacaltaya a vista é maravilhosa e com toda certeza compensa a dificuldade e sofrimento da altitude.
No cume, você está à 5.421m de altitude e pode observar diversas grandes montanhas da Cordilheira dos Andes, destaque para os imponentes Huayana Potosí e Illimani.
Em dias de boa visibilidade também é possível avistar no horizonte o Lago Titicaca. É um visual muito bonito, de fato!
O Chacaltaya, sem dúvida é um dos locais imperdíveis em um roteiro para La Paz, prepare-se pra esta grande aventura, vale a pena! Esteja preparado pra altitude vai valer a pena!
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Depois de alguns dias em La Paz, partimos pra cidade de Copacabana, às margens do lago sagrado dos Incas, o Titicaca. No post de hoje vou contar um pouquinho sobre esse belíssimo passeio que fiz na Bolívia. Saiba como foi visitar a Isla del Sol, no Lago Titicaca.
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O Lago Titicaca está localizado nos territórios da Bolívia (cerca de 30%) e do Peru ( cerca de 70%). É o lago navegável mais alto do mundo e o segundo maior lago da América do Sul, atrás apenas do lago Maracaibo, na Venezuela.
Situado a 3800 m acima do nível do mar, o lago possui 8549 km² de área e uma profundidade máxima de 280 m.
Ainda não conheço a parte peruana, mas pelo que sei, a parte mais bonita e mais interessante fica justamente no lado da Bolívia, lado este que tive o prazer de conhecer e compartilho aqui no Me Leva Viajar como foi a experiência. Certamente é uma das paisagens mais bonitas da América Latina.
Para chegar ao Lago Titicaca a partir de La Paz, é preciso pegar vans ou micro ônibus que partem da frente do cemitério de La Paz. Ali, além dos ônibus que tem como destino a cidade de Copacabana, também estão os ônibus que vão até Tiwanaku.
O custo para ir até Copacabana é de aproximadamente 30 bolivianos (60 bolivianos – atualização 2019). A viagem leva cerca de 3h30, são cerca de 160 km de estrada.
Há quem prefira ir em táxi evitando assim dividir o espaço com galinhas, porcos e muitas sacolas que rotineiramente são transportadas pelos usuários bolivianos.
Na nossa van não tinha nenhum animal, mas em compensação tinham várias sacolas, caixas, pacotes… mas tava tudo suce!
A viagem até Copacabana é bem interessante, pois existem paisagens muito bonitas pelo caminho.
Pra quem se liga nos detalhes do caminho, como eu, é uma viagem bem legal! Sem falar que você provavelmente vai interagir com os locais e absorver um pouco mais da cultura local.
Um momento diferenciado nesta viagem é o cruzamento do lago em San Pedro de Tiquina, quando é preciso descer da Van (ou do Micro ônibus) e atravessar uma parte do lago em um barquinho. Enquanto isso, a Van vai em uma espécie de “mini ferry-boat”.
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Em uma margem do lago está uma estátua de um Inka. Este Inka fica bem em frente a um “comedor” popular, o Comedor de Tiquina.
Já na outra margem, depois da travessia, está um interessante monumento que mostra a magoa que ainda existente pelos bolivianos em relação a guerra com o Chile.
Nesta guerra, além de perder uma grande mina de cobre a Bolívia perdeu sua saída ao mar.
Chegando em Copacabana, várias pessoas disputam os turistas oferecendo opções de hospedagem. Existem várias opções de hospedagem na cidade.
Nós ficamos em um hostal chamado “Olas del Titicaca”. No próprio hostal, contratamos também o barco que sairia para a Isla del Sol às 8h da manhã do dia seguinte.
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Copacabana é a cidade base pra visitar as ilhas da região e também é rota clássica de quem vai pro Peru (ou pra quem vem do Peru pra Bolívia).
É uma cidade bem pequena e muito simpática e em um dia dá pra ver quase tudo na cidade. Copacabana deu origem ao nome do famoso bairro da zona sul do Rio De Janeiro.
Como tenho quase certeza que você não sabia sobre a origem do nome do bairro do Rio de Janeiro, vou contar um pouquinho de história: Há muitos anos uma imagem de Nossa Senhora de Copacabana foi levada da cidade que fica às margens do Lago Titicaca pro litoral carioca.
Lá foi fundada a Igreja de Nossa Senhora de Copacabana, que deu origem ao nome do famoso bairro do Rio de Janeiro. Gostou dessa?
Em Copacabana (a original), além do lago, outro grande atrativo é a Catedral de la Virgen de la Candelária, uma bonita igreja construída no século 17. Visita obrigatória numa passagem pela cidade.
Não deixe de observar os desenhos na porta da igreja que misturam o catolicismo com as religiões indígenas dos locais.
O Morro do Calvário também é bem interessante, mas prepare-se para uma trilha de pedras com uma escadaria bastante íngreme.
No caminho existem cruzes que simbolizam a Via Crucis de Cristo. Ao chegar ao cume está uma das mais lindas paisagens da Bolívia, com a visão panorâmica do Lago e da cidade de Copacabana.
Ainda na cidade há uma grande estátua de um Inka, lembrando as origens da ilha e a lenda que predomina na região.
Outros atrativos são o Tribunal del Inca ou Intikala, um conjunto de pedras que provavelmente foi utilizado em cerimoniais religiosos dedicados ao Sol e a Horca del Inca, que é uma formação rochosa, onde segundo os locais, foi um observatório astronômico dos Incas.
Pra ir embora de Copacabana, da Praça Sucre partem vans e micro ônibus para Yunguyo e Puno no Peru (de Puno é possível seguir para Cusco). No nosso caso, voltamos para La Paz.
A Isla del Sol é um dos locais mais sagrados para os descendentes das civilizações Incas.
Segundo uma lenda local, foi exatamente nesta ilha que o Deus Sol enviou seus filhos Manco Capac e Mama Ocllo, para que estes ensinassem aos homens à viverem de forma racional, já que até então viviam como animais.
O percurso de Copacabana até a Isla del Sol é de extrema beleza, com pequenas ilhas, montanhas rochosas e a visão deslumbrante das montanhas nevadas da Cordilheira dos Andes no horizonte. Tudo fica emoldurado pelas águas azuladas do imenso Lago Titicaca. É pra encantar qualquer viajante!
Atenção é indispensável: protetor solar, chapéu e um bom agasalho, pois o sol é forte e os ventos são geladíssimos.
Uma delas é ir de barco até a parte norte, conhecer os atrativos do lado norte da ilha e em aproximadamente 40 min, voltar pro barco seguindo pro lado sul da ilha e conhecer os atrativos do lado sul.
A segunda opção é mais cansativa e muito mais bonita: seguir do lado norte até o lado sul (ou vice versa) pela “Ruta Sagrada de la eternidad de los Incas”. Claro que escolhemos esta última!
O barco chega de Copacabana pela parte sul, onde quem quiser pode descer ou prosseguir até a parte norte da ilha. Nós seguimos pro norte, onde está localizada a comunidade Challapampa.
Na entrada da comunidade está o Museo de oro de la ciudad sumergida, é necessário pagar um valor simbólico pra ter acesso ao pequeno museu, que possuí algumas peças incas, artesanatos, fotos e nada de mais.
Este mesmo ingresso dá acesso as ruínas Chinkana (maior atrativo da parte norte) e a Rocha Sagrada, também chamada Titi Khar’ka (Pedra do puma).
Segundo a lenda, Titi Khar’ka foi o lugar de onde saíram os primeiros Incas, pra fundar a cidade de Cusco.
Próximo da rocha sagrada, existe uma mesa de pedras construída para cerimônias de oferendas aos Deuses (principalmente pra Pachamama).
Segundo dizem, as populações que viviam antes dos Incas (a mais famosa são os Tiwanacos), faziam oferendas só de animais, entretanto os Incas também faziam oferendas humanas.
Neste local existe um senhor indígena que mantém a tradição realizando alguns rituais indígenas com os turistas. Claro, é preciso pagar se quiser usufruir da mandinga inka…
A trilha que leva até as ruínas (que é a mesma que dá acesso a rota sagrada) tem belos visuais. Pode ser feita na companhia de um guia; ou por si próprio.
Se for sozinho economiza mais 10 bolivianos, que é pedido pelo guia no final da trilha que leva até Chinkana. Depois da visita às ruínas de Chinkana, ou você volta pro barco e vai pro sul, ou vai pro Sul caminhando pela Rota Sagrada.
É lógico que fomos pela Ruta Sagrada de la eternidad de los Incas, mas antes de tudo é bom estar ciente que o caminho é longo, o sol é intenso e dependendo do horário, também é bem frio. Além disso vale lembrar que estamos na Bolívia e a altitude faz você cansar mais facilmente! Ainda assim, certamente a trilha é válida!
A paisagem é deslumbrante, porém ao longo do caminho, por vezes é meio repetitiva. Vale pensar bem antes de fazer a caminhada. São cerca de 4 horas, entre subidas e descidas. Mas se tiver tempo e disposição disponível, com certeza vale a pena!
É bom saber que existem “pedágios” pelo caminho. Isso mesmo, acontece que cada vez que muda de povoado é cobrado um valor que da acesso à trilha em suas terras.
É um valor simbólico, nada mais justo! Há 3 pedágios, um pra entrar na comunidade Challa (centro da ilha) outro para entrar na comunidade Yumani (sul da ilha), fora o que já foi pago à comunidade Challapampa no norte.
Já vi em diversos fóruns a galera indignada por ter que pagar estes valores, já que ninguém avisa que existem estes “pedágios”.
Existe ainda quem diga que não é obrigatório, mas sei lá, acho que não faz falta pra ninguém e além disso, é uma das únicas fontes de renda daquelas pessoas tão sofridas. Então não seja mesquinho! Pague e aproveite das paisagens incríveis ao longo do caminho.
Ao longo do caminho há muitas paisagens incríveis de perder o fôlego, literalmente, já que estamos a cerca de 4000 m de altitude.
Também vimos algumas ruínas e construções de pequenos vilarejos ao longo do caminho.
Por vezes ainda é possível ver o cotidiano dos moradores da ilha. É possível vê-los plantando nas encostas e nas terraças. Também é possível encontrar lhamas pelo caminho, algumas soltas, outras trabalhando com os camponeses.
É importante lembrar que se a pessoa demorar muito na trilha pode perder o barco de volta pra Copacabana. Aí, ou paga outro, ou dorme na ilha, o que não deixa de ser uma ótima ideia…
Fique atento. Nós iríamos voltar para Copacabana e os caras do barco quiseram cobrar outra vez, já que chegamos ao outro lado da ilha, pouco depois das 16h e o nosso barco já tinha partido. Mas não pensem que chegamos atrasados, o horário combinado era 16h30 e o barco saiu antes!
Batemos o pé, falamos que não tínhamos mais dinheiro e os caras acabaram deixando a gente ir em outro barco que sairia mais tarde. Na real, eles queriam cobrar de novo, senti uma malandragem no ar!
Uma outra opção é dormir na Ilha e se me perguntassem se eu visitaria de novo a Isla del Sol, eu responderia sim, com a trilha da Rota Sagrada e pernoite!
Em Copacabana, também existem outros passeios que vão até a Isla de la Luna, Islas flutuantes, Puno ou até mesmo Cusco, infelizmente ainda não posso descrever nenhum destes outros passeios, mas espero um dia retornar para poder contar por aqui.
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La Paz é a cidade mais populosa da Bolívia e uma das cidades mais pitorescas da América Latina. No post anterior fiz um resumão sobre a primeira impressão sobre a cidade e hoje conto um pouquinho sobre o que fizemos em La Paz nesta primeira viagem para a Bolívia, confira:
Índice desta matéria
Chegamos em El Alto de madrugada e quando saímos do aeroporto, 3 taxistas ofereciam seus serviços. Tentei negociar a corrida até La Paz, mas como era madruga, não teve choro, preço tabelado!
No táxi, perguntamos sobre a temperatura e o taxista falou que o frio não passaria muito daquilo que fazia. Concluí que o frio não seria um grande problema, já que naquela noite fazia 8ºC e como bom curitibano que sou, estava até me sentindo confortável… como em um dia de outono, rá!!!
Dormimos e logo no primeiro dia na cidade saímos sem rumo em uma direção qualquer.
A primeira impressão que tivemos de La Paz é que a cidade é uma loucura!
O trânsito é caótico, mas depois de andar pela cidade ouvindo buzinas pra todo lado; vendo carros disputando cada milímetro; pedestres kamikazes correndo por entre os carros em movimento e vans por todos os lados (com um doido na porta gritando o nome do destino)… logo você se acostuma.
Em pouco tempo também estará se enfiando na frente dos carros para atravessar a rua, mesmo porque se não fizer isso vai ficar esperando até amanhã.
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A cidade não possui luxo, mas com certeza quem viaja pra La Paz sabe muito bem disso né!?
O que realmente faz de La Paz uma cidade especial, é a riqueza cultural e todos os detalhes escondidos em cada esquina.
La Paz é uma cidade fantástica e cheia de encantos, sua atmosfera andina é muito contagiante e requer com que o visitante entre no clima da cidade, portanto relaxe e aproveite!
Quando se olha ao redor, uma das primeiras coisas que mais chamam a atenção em La Paz, é o fato de que a maioria das casas são de tijolos a vista, sem reboco.
Isto tem uma explicação: quando a casa não está finalizada (rebocada) o proprietário da casa paga menos imposto, ou seja, ninguém termina a obra pra pagar menos imposto!
Eu sei que já falei sobre o comércio ambulante no resumão da cidade, mas esse é um tema que tem que ser comentado novamente, porque é muito Bolívia.
As cholas estão por todos os lados e uma coisa que percebi é que em alguns lugares elas se dividem por “setores”.
Em uma determinada região se vende comida, em outra eletrônicos, em outra roupas, em outra flores e em muitas partes é um mistão, onde se vende de tudo. Isso é bem interessante e quem vai pra La Paz não pode deixar de ver tudo isso.
Entre cholas por todo lado e automóveis buzinando, caminhamos pra conhecer o centrão de La Paz.
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No primeiro dia demos uma volta imensa pra chegar até a Plaza de San Francisco, que fica só a duas quadras do hostal. Naquele tempo não existia Google Maps, nem smartphones!!!
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Nesta praça está a Iglesia de San Francisco, um dos mais tradicionais cartões postais da cidade. A igreja é original do ano de 1548 e foi construída com pedras de Tiwanaku.
É uma das mais antigas da América do Sul, porém desabou com uma tempestade de neve em 1610 e foi reconstruída entre os anos de 1744 e 1753.
É uma igreja muito bonita tanto por fora, como por dentro. À sua frente estão diversas barracas vendendo flores e em sua redondeza o comércio é bem intenso.
Ali bem pertinho está o Museo de la Coca, que foi o único museu que tive oportunidade de conhecer em La Paz. Acho que escolhi muito bem.
O Museo de la Coca é um museu pequeno, mas muito interessante. Realmente todos que visitam a cidade deveriam visitar pra entender um pouco mais sobre a história da folha de coca e o quanto é importante na cultura andina.
Existe no museu também um café, onde é possível experimentar diversos produtos feitos de coca. Eu provei a cerveja de coca e uma pinga de coca, ambos bem diferentes. E para os ignorantes – COCA NÃO É DROGA!!! Já falei sobre isso.
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Próximo a Plaza de San Francisco (2 quadras) está o famoso Mercado de las Brujas, um local imperdível em uma visita a La Paz. Nesse mercado é possível encontrar muitas lembrancinhas da Bolívia, roupas típicas e coisas para turistas. Além disso é possível encontrar os mais variados tipos de materiais utilizados em “bruxaria”.
Destaque para os fetos de llama ressecados, que segundo entendi, são enterrados em baixo das casas em oferendas à Pachamama e dão sorte.
Além da Calle de las brujas, outro local onde o visitante terá um grande choque cultural é no Mercado Municipal de La Paz, vale a pena dar um pulo por lá! Prepare-se pra mergulhar em um mundo bem diferente!
Outro destino obrigatório em La Paz é a Plaza Murillo, um dos locais mais importantes de toda Bolívia. Ali estão edifícios importantes como o Palacio Legislativo e o Palacio Presidencial, conhecido também como El Palacio Quemado, porque já foi incendiado duas vezes.
Na Plaza Murillo também está a Catedral de Nuestra Señora de La Paz, construída em 1831 em estilo Neoclássico com elementos do barroco.
Por toda praça existem pombos, muitos pombos. É interessante dar um tempo na praça pra ver um pouco do cotidiano da cidade… e foi o que fizemos, sentamos e observamos que pasa!?
A Plaza Murillo é o lugar ideal pra sentar, relaxar e observar o movimento dos locais.
No sul da cidade está localizada a parte mais “chique” de La Paz, justamente a região onde mora a elite local.
Pra mim esta parte da cidade não tem nada de mais, nada que se destaque. Mas é valido pra conhecer e pra quem procura fugir um pouco da loucura lá de cima (o que não era o meu caso) e pra ver que La Paz não possuiu somente “pobreza”.
Também tivemos sorte em poder assistir ao clássico paseño Bolívar X The Strongest, no estádio Hernando Siles.
O futebol é fraco, mas pra quem gosta do esporte é legal ver um estádio cheio (até demais) com crianças, velhos, mulheres e na geral (onde fiquei) todo mundo junto e misturado.
É bem interessante que as torcidas dos 2 times ficam juntas e em paz. É engraçado ver as 2 torcidas cantando, cada uma na sua, sem se importar com a torcida rival, que está no mesmo local.
Quando saímos pra tomar uma cervejinha (a cerveja mais conhecida de La Paz é a Paceña, que já foi considerada uma das melhores cervejas do mundo), fomos a um tal de Mongos Bar, muito indicado.
Eu não gostei, pois tem muito gringo de Israel, o bar é caro e a cerveja é quente. Aliás pra achar cerveja gelada em La Paz é difícil (ou levamos muito azar) porque em praticamente em todos os lugares que fomos tomar uma cervejinha, se não estava na temperatura ambiente, estava meia boca.
Fomos achar cerveja gelada em um barzinho de rock chamado Tarkus, que pra mim foi bem melhor que o badalado Mongos. O cara que comandava o bar era muito gente boa e colocava o som que pedíamos. A cerveja era uma cerveza muy fria. Tomamos uma tal de BOK, que é uma cerveja bem forte e muito boa…
Um fato curioso foi que no dia em que descobrimos este bar, voltamos pro hostal altas horas da madruga. Além do “friozinho” que tava matando (sim, esfriou bem mais, o cara do táxi nos enganou), chegamos no Hostal as 5h pra acordar 7h da manhã pra subir o Chacaltaya.
Pra subir o Chacaltaya já e dificil, agora imagina sem dormir e meio lesado da bebedeira. Mas deu tudo certo! Subimos o Chacaltaya e nos dias seguintes ainda fomos pra Isla del Sol em Copacabana.
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Hoje conto pra vocês como foi a primeira viagem que fiz pra Bolívia – La Paz. Ahhh Bolívia… um país pelo qual me apaixonei e me enche de vontade de voltar. Um país que certamente está entre os meus preferidos.
Índice desta matéria
Embora tenhamos aprendido na escola que La Paz é a capital da Bolívia, esse fato não é totalmente correto. La Paz é apenas a sede do governo boliviano e dos poderes Legislativo, Executivo e Eleitoral.
A verdadeira capital constitucional da Bolívia é a cidade de Sucre, que também é sede do poder Judicial.
Podemos dizer então que a Bolívia tem 2 capitais? Sim, é isso mesmo!
La Paz, a “capital” mais alta do mundo, é uma cidade bastante pitoresca. Conhecê-la foi um verdadeiro choque cultural e certamente achei tudo muito diferente, ainda mais que era uma das minhas primeiras viagens internacionais.
A cidade é uma verdadeira loucura e isso em vários sentidos: comidas, cultura, trânsito, altitude, belezas naturais, enfim a “capital” da Bolívia é muito diferente do que eu já tinha visto.
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Saí do Brasil bem preocupado com a tão falada e tão temida altitude e logo que chegamos no aeroporto de El Alto, fiquei mais assustado ainda.
De cara, logo depois que desembarquei do avião, vi algumas pessoas passando mal. Estas pessoas usavam máscaras de oxigênio, estavam deitadas no chão e aparentemente estavam quase morrendo.
Imediatamente pensei – “Tô ferrado, daqui a pouco o Soroche vai me pegar e daqui a pouco vai dar isso em mim.”
No entanto, apesar do medo, não deu nada. Na verdade não senti nadinha da altitude – dor de cabeça, tontura, não sei o que mais, absolutamente nada. Da mesma forma o Cleiton, meu parceiro de viagem, tampouco sentiu qualquer sintoma de altitude.
Para não dizer que não sentimos nada, sentimos uma forte ardência no nariz.
Mas é bom deixar bem claro que isso varia de pessoa pra pessoa, lógico! Algumas pessoas ficam mal mesmo, enquanto outras não sentem nadinha… Não tem como saber se você vai sentir a altitude, ou não.
Em todo caso, existem vários remédios pra amenizar o Soroche… E claro a tradicional folha de coca (que não é droga!!!).
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O aeroporto de La Paz, na verdade fica na cidade vizinha de El Alto, localizada a cerca de 15 Km de La Paz e a quase 4100 metros de altitude.
Pra chegar em La Paz pegamos um táxi, que é bem barato na Bolívia e como o aeroporto fica bem próximo, acho que a melhor opção realmente seria o táxi. Se for utilizar tái, lembre-se de combinar o preço antes.
Pra quem não quer encarar o táxi, existe um coletivo (212) que vai de El Alto até La Paz.
ATUALIZAÇÃO: Hoje em dia existe o teleférico e vans que descem até o centro.
Chegamos pela madrugada, então não deu pra dar aquela tradicional “geral” na cidade, entretanto a ansiedade de conhecer a cidade nos fez acordar cedo no outro dia e 7h da matina eu já estava na janela do hostal tirando fotos da primeira chola, que até então era uma novidade.
Depois perceberíamos que as cholas fazem parte da paisagem e do cotidiano de La Paz e de boa parte da Bolívia.
No café da manhã (desayuno), experimentei pela primeira vez o famoso mate de coca, que nada mais é que um chá normal feito das folhas da coca. Falei um pouco sobre a folha de coca no em ouro post que fiz sobre a Bolívia e também no post que fiz sobre o Museu da Coca, em La Paz.
Recomendo fortemente que tome para ajudar o organismo a se adaptar à altitude.
Saímos pra dar uma olhada na cidade e ao colocar o pé pra fora do hostal, conhecemos realmente a cidade de La Paz. De imediato aquele choque cultural nos fez pré-definir a cidade: uma verdadeira loucura.
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A primeira coisa que nos chamou a atenção foi o trânsito. Basicamente, o trânsito de La Paz é composto apenas por vans e táxis, os responsáveis por boa parte do transporte na cidade. Ônibus existem, mas são bem poucos, assim como os carros particulares, que também são poucos.
ATUALIZAÇÃO: as coisas mudaram bastante e nos dias de hoje existem muitos ônibus, também aumentaram os carros particulares e além disso o teleférico atualmente é um dos principais meios de locomoção dentro da cidade.
Todos os veículos têm uma coisa em comum, buzinas! Os caras buzinam pra tudo e pra todos e o incrível é que eles se entendem.
Pelo que percebi, as leis de trânsito parecem não existir, é cada um por si e a vez é daquele que chegar primeiro, ou daquele que “se enfiar” primeiro! Ah, e isso serve para os pedestres também.
Até se acostumar você fica um bom tempo na calçada tentando cruzar uma rua movimentada. Não vai demorar muito e você estará “se enfiando” entre os carros.
Além do trânsito, o que chama muita atenção é o comércio, que é constituído basicamente por algumas lojas e milhares de ambulantes espalhados pelas ruas.
Em sua maioria o comércio ambulante é formado por cholas, que vendem de tudo como: frutas, legumes, pães, carnes, queijo, brinquedos, produtos de higiene, roupas, ervas, enfim, tudo mesmo.
E por falar em comércio, as coisas lá são muito baratas, desde roupas, comidas, eletrônicos, transporte etc…
Antes de viajar eu estava pesquisando sobre La Paz e em um dos relatos que li, vi um cara falando sobre os preços das coisas na cidade. Me lembro exatamente da frase que ele usou: “se você puder ir de cueca e deixar para comprar tudo lá, vá” na verdade não botei muita fé, mas é exatamente isso!
A comida… então… prepare-se porque comer na Bolívia pode ser uma grande aventura. Se você é meio fresco pra comer, sugiro que se prepare para comer muita bolacha, salgadinho e batatas em lata. Brincadeira… ou não.
Na verdade, as comidas (principalmente as da rua) são beeem diferentes do Brasil, principalmente no que se refere à higiene.
Até existem alguns restaurantes melhores, mas fiquei pensando que mesmo nos melhores restaurantes as carnes devem ser compradas naqueles açougues (carnicerias) sem gelo, sem freezer e muitas vezes ao ar livre, bom talvez não sejam né, sei lá… Existem inclusive alguns lugares onde se vende comida em um lado da rua e o esgoto corre aberto e discreto do outro lado.
ATUALIZAÇÃO: As coisas melhoraram bastante em relação as comidas. No que se refere ao esgoto já é bem dificil de ver a céu aberto, a gestão de Evo Morales foi bem benéfica para a Bolívia.
Nas ruas você pode encontrar as mais variadas formas de comida, algumas tem boa aparência, outras nem tanto.
Mas quem sou eu pra criticar a comida e cultural local. É a cultura deles e tendo em vista que moro em um país onde existe um prato típico feito com partes “menos nobres” do porco e feijão (que aos olhos de quem não está habituado, também é bem “exótico” ) não posso falar nada.
Mas voltando a comida da Bolívia, posso acrescentar que frango frito com batata é de fato o prato mais tradicional de La Paz. Existem muitas lojas e vendedores de rua vendendo Pollo por todo lado. Prepare-se pra comer muito frango! Pollo loco!
Outra coisa que existe em todo canto, além de cholas e Frango frito, é o mate e folha de coca.
Tradicional na cultura andina, a folha de coca ajuda a combater os efeitos da altitude. É uma planta sagrada para os locais e ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, Coca não é droga!!!
Eu fiquei muito admirado com o tamanho da ignorância que encontrei no retorno ao Brasil. Escutei frases do tipo “O que você foi fazer na Bolívia?” – “Na Bolívia só tem cocaína e maconha né!” – “Foi buscar quantos quilos?” bla´, blá blá… Que baita ignorância, não é mesmo?
Quando conto pras pessoas que experimentei mate de coca, é como se eu estivesse dizendo “sou um drogado!” Quanta besteira que escuto, mas eu vou repetir mil vezes Coca não é droga!!!
Mal sabem que La Paz é uma das cidades mais interessantes da América do Sul. Tem paisagens lindas, muita cultura, um povo guerreiro e muitas coisas pra ver!
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Prefiro deixá-los com seus pensamentos pequenos e convido todos os demais a conhecerem uma das cidades mais incríveis que já conheci!
ATUALIZAÇÃO: Com um maior número de pessoas visitando a Bolívia, felizmente este pensamento atrasado e xenofóbico diminuiu, entretanto ainda existe quem tenha este tipo de pensamento.
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Na primeira vez em que estive na capital argentina, tive o prazer de conhecer um pouquinho das atrações turísticas da cidade. Neste post quero mostrar os principais lugares que conheci nesta primeira trip pra Argentina.
Índice desta matéria
Existe um infinidade de lugares para ver em Buenos Aires e certamente nesta primeira trip não deu pra conhecer tudo (e nem a metade).
Mas entre os lugares que visitei, vou citar alguns dos locais que conheci, ou pelo menos alguns dos lugares que mais gostei e julgo serem muito relevantes para quem pretende visitar a capital argentina pela primeira vez.
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O Primeiro destino foi La Boca, o famoso bairro onde está localizado o lendário estádio “La Bombonera”, da equipe argentina de futebol Boca Juniors.
Conhecer este bairro e principalmente o estádio com toda a certeza foi a realização de um sonho. Na visita ao estádio de “La Bombonera” o coração pulsou forte!!!
É possível visitar o estádio através de um tour oferecido pelo clube, vou dizer: vale a pena! Além de ter a oportunidade de conhecer o Museo Boquense, o tour dá acesso aos bastidores do emblemático estádio Alberto J. Armando, mais conhecido como “La Bombonera”.
O passeio que fiz dá acesso ao Museu e à arquibancada do estádio, entretanto existe um passeio guiado, mais completo, que permite ao visitante a entrada no gramado e outras dependências do estádio.
Quando estivemos lá esse tour guiado era feito somente em determinados horários e teríamos que esperar muito tempo, assim sendo decidimos não fazê-lo, então não foi desta vez.
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> Para mais informações confira o post completo sobre a visita à La Bombonera.
O pitoresco bairro de “La Boca” é diferente dos demais bairros de Buenos Aires, ali o clima é outro e certamente você sentirá uma sensação diferente ao caminhar pelas coloridas ruas.
Vale ressaltar que fora do eixo turístico o bairro não é dos mais seguros, portanto evite sair do circuíto, principalmente quando estiver sozinho.
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No Bairro de “La Boca” está localizado “El Caminito”, uma das atrações imperdíveis de Buenos Aires.
Foi em “La Boca“ que experimentamos a tradicional Parrillada Argentina – o churrasco deles. A Parrilada é servida na mesa sobre uma espécie de grelha, chamada justamente de Parrilla. Uma experiência super interessante, embora, em resumo não tenha nos agradado em um primeiro momento.
A dita cuja reúne diversos tipos de cortes argentinos, que são bem diferentes do que estamos acostumados aqui no Brasil. Sinceramente não gostei muito e da galera que estava comigo, só o Tony e eu comemos tudo, o resto da galera desprezou a “novidade”. A aparência “meio sinistra” de alguns componentes, principalmente os “chinchulines” (intestino delgado do boi), não animou muito a rapaziada, mas Tony e eu não desperdiçamos e comemos tudo…
Outro ponto de interesse que ninguém pode perder é a Casa Rosada localizada na lendária Plaza De Mayo.
Só de pensar que estive dentro de um dos mais importantes locais da América do Sul, onde foram feitos os mais importantes pronunciamentos de toda a história da Argentina, me dá um arrepio.
Conheci o interior da Casa Rosada e vi o lugar de onde Evita e JP Perón fizeram seus discursos. Pude ver de perto o local de onde, ainda hoje, são tomadas as decisões importantes naquele país.
Para mais informações sobre a Casa Rosada acesse o Site da Casa Rosada.
A Plaza de Mayo também transmite uma energia muito estranha, não sei se é pelo fato de saber que ali, milhares de pessoas protestaram, choraram, exigiram, apanharam, sumiram, comemoraram, enfim… naquela praça o povo argentino contemplou fatos decisivos da história da Argentina.
A praça está localizada na região central de Buenos Aires e foi a partir desta região que a cidade começou a ser construída.
A praça é cercada de diversos prédios históricos e além da própria Casa Rosada, estão a Catedral Metropolitana, o Banco de La Nación Argentina, o Cabildo e alguns outros edifícios importantes.
Um fato curioso que me chamou a atenção e que marca a arquitetura deste local, é que em um dos edifícios vizinhos da Casa Rosada ainda estão expostas as marcas de tiros resultantes da disputa do combate entre o exército contra a marinha, no ano de 1955.
No centro de Buenos Aires está localizada a Avenida Corrientes, uma das mais importantes Avenidas de Buenos Aires.
Nesta Avenida impressiona a quantidade de livrarias e sebos e só para exemplificar, apenas nesta avenida existem mais livrarias do que em todo Chile.
Além das diversas livrarias, na Av. Corrientes estão localizados alguns dos principais e mais famosos teatros de Buenos Aires, um verdadeiro show da cultura Argentina.
Ainda na Av. Corrientes no cruzamento com a maior avenida do mundo, a Avenida 9 de julio, está localizado um dos principais cartões postais da cidade, o Obelisco de Buenos Aires.
O imenso Obelisco com seus 67,5 metros, comemora 4 feitos, cada um deles escrito em um de seus lados:
Outros atrativos interessantes que conheci nesta trip, estão no bairro Palermo, bairro este que oferece uma grande quantidade de lugares para visitar.
Um destes lugares é cheio de história e fiz questão de visitar. Trata-se do Museo Evita, que proporciona momentos emocionantes contando um pouco da vida de Eva Perón, uma das mais importantes personalidades argentinas.
Ali é possível conhecer um capítulo fundamental na história do país.
Nesta viagem, infelizmente foi o único museu que visitei, entretanto a cidade possui vários museus pela cidade. Confira: Site Museu Evita.
Pra quem gosta de animais, o Zoológico de Buenos Aires é um espetáculo. Foi fundado a mais de cem anos e é bem completo e diversificado. Permite que se compre comidas pra dar pra maioria dos animais. Reserve quase um dia para conhecer todo o Zoo, que além de muitos animais, aquário, selva subtropical, biblioteca etc, apresenta uma série de obras de arte e uma arquitetura que reproduz obras clássicas de todo o mundo.
ATUALIZAÇÃO: NÃO VISITAMOS MAIS ZOOLÓGICOS E LOCAIS QUE EXPLORAM TURISMO COM ANIMAIS.
Outro passeio bem legal para fazer no Palermo, é conhecer o Jardim Japonês, um lugar muito bonito que transmite muita paz. Para mais informações acesse: Site Jardin Japones.
Ainda no bairro Palermo é possível visitar o planetário, mas fui visitá-lo na segunda-feira e neste dia é fechado (assim como o zoológico, museu e uma série de coisas).
No bairro do Retiro destaca-se a Estação de Trem, que leva o mesmo nome do bairro.
No dia que estive lá, tive sorte de ver uma filmagem da banda “The Beats”, cover dos Beatles. Estavam sobre a estação de trem, tocando em uma homenagem ao lançamento mundial de um “Box” comemorativo aos Beatles.
Em frente à estação de trem está a Torre Monumental, a antiga Torre dos Ingleses.
Em frente à torre (ou ao lado, não sei bem) está o Monumento a los caídos en Malvinas.
Na região também estão localizados alguns dos mais luxuosos hotéis da cidade e também um dos principais edifícios, o histórico Edifício Kavanagh, considerado um ícone da modernidade de Buenos Aires.
Ali pertinho está localizada a Rua Florida, que é um dos principais centros comerciais da cidade.
Muitas lojas estão espalhadas pela rua (que na verdade é um calçadão) e durante a noite, a Florida é invadida por todo tipo de artistas e ambulantes que vendem artesanatos, livros, dançam tango, cantam opera e muitas coisas mais, é realmente bem legal.
No último dia na capital argentina, acordei cedo pra tentar conhecer o estádio Monumental del Nuñes, mas infelizmente não deu pra visitar o interior do estádio porque a visita só acontece após as 14h (pelo menos nesta época) e neste horário eu já deveria estar no aeroporto pronto pra voltar pro Brasil.
Então só deu pra ver a parte de fora do estádio. Quando voltar à Buenos Aires certamente irei ao Monumental novamente.
Mais informações sobre o estádio no Site River – Monumental.
Para ir até o aeroporto de Ezeiza utilizei o ônibus de linha e posso dizer com toda certeza que é uma verdadeira viagem! O ônibus dá uma volta gigante pela cidade passando por muitos lugares.
Passamos ao lado do estádio do Racing e em um monte de lugares diferentes, fora do roteiro turistico habitual.
Esta viagem é distinta, pois o ônibus também passa pela periferia da capital argentina e em determinadas áreas existem muitas favelas, o que nos mostra um outro lado da cidade.
NEste post citei os principais locais por onde passamos, embora saiba que a capital argentina ainda tem mais um monte de lugares pra conhecer.
>>> Encontre passeios, ingressos antecipados e experiências em Buenos Aires.
Essa foi a primeira viagem internacional e o roteiro foi feito todo na raça, sem programação, sem guia, sem ler nada de informações, enfim, curtindo o que vinha pela frente. Vale ressaltar que naquela época praticamente nem tinha internet, smertphone etc… se valeu? Rá… pode ter certeza que sim!
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Em minha primeira viagem para Buenos Aires uma coisa me chamou a atenção: fiquei surpreso em ver como os argentinos da cidade eram cultos e com a quantidade de opções culturais existentes na cidade. Tamanha surpresa, resolvi escrever um post sobre o assunto. Confira:
Já contei no post anterior, minha 1ª impressão em relação a receptividade que tive em Buenos Aires. Hoje conto sobre como fiquei impressionado com a cultura porteña…
Amo meu Brasil, amo meu Paraná e amo minha querida cidade de Curitiba, entretanto confesso que fiquei completamente apaixonado por Buenos Aires.
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A primeira cidade que conheci fora do Brasil realmente me encantou! São muitos fatores que podem fazer com que uma pessoa fique apaixonado por Buenos Aires, todavia uma das coisas que mais se destaca e que mais me marcou foi o fator cultural!
Teatros, museus e bibliotecas estão espalhados por todos os cantos, mas nada se compara a quantidade de livrarias.
Buenos Aires possui mais livrarias que o Brasil inteiro. Para que se tenha uma ideia, somente em uma avenida, a Avenida Corrientes, existem mais livrarias do que em todo o Peru, ou em todo o Chile.
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Além das muitas livrarias espalhadas por todos os cantos, também me chamou atenção a quantidade de pessoas lendo livros, revistas e jornais. Os porteños procuram se informar apesar de o Grupo Clarin possuir a maioria do controle dos meios de comunicação.
Em Buenos Aires também reparei um costume muito interessante, que até então jamais tinha visto: muitas pessoas compram jornais, leem e deixam nas mesas dos cafés, lanchonetes etc, para que outras pessoas possam ler depois.
Um dia estávamos sentados em uma cafeteria, esperando o café e tinha um jornal sobre a nossa mesa (que alguém já tinha deixado antes). Demos uma folheada e deixamos ali, logo entrou um senhor e ao passar pela nossa mesa e ver o jornal, perguntou se o jornal “estava ocupado”. Dissemos que não ele pegou, agradeceu e sentou-se mais adiante.
Depois disso, comecei a perceber que este habito é bem comum por lá e vi acontecer em diversos locais. Achei muito legal isso.
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Outra lembrança legal, foi uma cena que vi enquanto esperava o metrô. Um “senhorzinho” que estava andando ao nosso lado, olhou dentro do lixo e viu um jornal, “El Argentino” (jornal de distribuição gratuita). Mais que ligeiro, o senhor enfiou a mão na lata de lixo e tirou o jornal lá do fundo. Logo deixou em cima da lata, de modo que alguém pudesse pegar e ler o jornal, nos olhou e disse – “Es un pecado, el Argentino en la Basura”.
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Já que me referi ao jornal e ao “tiozinho” do metrô, outra coisa que notei foi que muita gente lê dentro do metrô.
Além de livrarias, também observei os muitos teatros e pelo que pude perceber, quase sempre estavam cheios. As filas estavam sempre bem longas. Buenos Aires tem a maior concentração de teatros do mundo.
Os museus também enriquecem a cena cultural da cidade, são dez os administrados pela cidade e ainda existem os museus administrados pelo governo nacional, além dos administrados por fundações. É muita cultura disponível na cidade!
Por fim bibliotecas, a cidade dispõe de 26 bibliotecas públicas, sem falar nas bibliotecas das universidades.
Não posso deixar de mencionar as pichações, muitas tem sentido e passam alguma mensagem e não são apenas um monte de rabiscos que, além de emporcalhar as ruas, ninguém entende nada.
Uma grande parte se refere à política e protestos dos mais variados tipos. Eu achei interessante, mas mesmo assim desaprovo, não deixa de ser pichação sujando a cidade.
Buenos Aires é uma cidade sensacional e culturalmente falando, é incrível! É muita cultura!!! Para um brasileiro que saiu do pais pela primeira vez, culturalmente falando, a cidade parece coisa de outro mundo!
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